quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Síntese de Circuitos

O   procedimento   para   o   projeto   (síntese)   de   um   circuito   sequencial   síncrono,   a   partir   da   descrição   verbal   do funcionamento do circuito, é o procedimento inverso ao realizado no processo de análise deste tipo de circuitos.

Método sistematizado de síntese

          1- Analisar as especificações do circuito (descrição verbal), obtendo   um primeiro diagrama de estados (representados por identificadores).
          2- Minimizar o número de estados, eliminando eventuais estados redundantes. Um estado é redundante se existir outro estado equivalente no diagrama, isto é, se existir outro estado que para as mesmas  especificações   das   entradas   apresente   o   mesmo   estado   seguinte   e   as   mesmas   especificações   de saída.
          3- Proceder à codificação de estados. Nesta fase determina-se, em primeiro lugar, o número de células da unidade de memória. Normalmente, considera-se o expoente   da   menor   potência   de   base   2   (2n ) que seja maior ou igual ao número de estados do circuito. Refira-se que podem existir situações em que um número maior de células de memória pode conduzir a um circuito globalmente mais simples.
               Em segundo lugar, é necessário atribuir um código binário a cada um dos estados (código de estado). A atribuição   dos   códigos   de   estado   condiciona   a   complexidade   da   lógica   combinacional   envolvente (descodificador     de   estado   seguinte    e  descodificador     de   saída).  As   “regras”   a  seguir   enunciadas tendem a minimizar a complexidade destes circuitos.
                   Regras:
                        1. Escolher para o estado inicial do circuito um código binário facilmente obtido através da
                            inicialização assíncrona do circuito (tudo a 0’s ou 1’s);
                        2. Tentar   associar    aos   bits  ou   conjunto    de   bits  do   código    de   estado   um                                                                                                      
                            significado relacionado com as entradas ou saídas;
                        3. Minimizar   o   número   de   bits   do   código   de   estado   que   mudam   em   cada                                    
                            transição entre estados;
          4- Construir a tabela de estados para flip-flops D.
          5- Determinar os mapas de Karnaugh para as variáveis de excitação dos flip-flops D e para as variáveis de saída.
          6- Obter, se necessário, os mapas de karnaugh para as variáveis de excitação dos flip-flops J-K, a partir dos mapas de karnaugh das variáveis de excitação dos flip-flops D. Normalmente, a utilização de flip-flops J-K conduz a circuitos de menor complexidade.
          7- Selecionar    o  tipo  de   flip-flops  (D  ou  J-K)   e  obter  as   expressões     simplificadas    das   funções de excitação e funções de saída.
          8- Desenhar o diagrama lógico.
          9- Testar o circuito utilizando eventualmente um simulador.

Exemplo: Detector de uma sequência de bits (Máquina de Moore). 
Especificação funcional: Projetar um circuito sequencial síncrono que detecte a ocorrência de um determinado padrão de bits numa sequência de valores de entrada. O circuito é constituído pela entrada de dados, X, e produz uma   única   saída   Z   que   é   colocada   a   1   quando   nas   últimas   três   vertentes   do sinal de relógio é detectada a sequência de bits 110. 
Diagrama de blocos:
Construção do diagrama de estados 
Trata-se de uma máquina de Moore, já que a saída depende apenas do estado do sistema. De acordo com as especificações, se nas últimas três vertentes do sinal de relógio tiver sido detectada a sequência 110 a saída é colocada a 1. 
Considera-se   um     estado   inicial   A,  ao  qual   se  associa   o  facto  de  nenhuma  sub-sequência   de  110   ter  sido detectada. Se X=0, o estado do sistema mantém-se. 
Se X-1, o sistema transita para o estado B (detectada a sequencia 1)

Do estado B, se X=1, o sistema transita para o estado C (detectada a sequência 11), se X=0, o sistema transita para o estado A (estado inicial).
Se o estado atual é C (detectada a sequência 11) e X=1 o sistema mantém-se no mesmo estado C (detectada a sequência 11). Se X=0, o sistema transita para o estado D (detectada a sequência 110) colocando a saída Z a 1. 

Se o estado atual é D (detectada a sequência 110) a saída Z está a 1. Se X=0, o sistema transita para o estado A (estado inicial). Se X=1, o sistema transita para o estado B (detectada a sequência 1).

Codificação dos estados 
Existem quatro estado distintos, A, B, C e D, sendo por isso necessário 2 bits ( 2 células de memória – Q1, Q0) para codificar cada um dos estados.

apresentação










quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Mealy ou Moore ?

Vantagens e desvantagens

Mealy
Moore
Glitches(ruídos)
Sem glitches
Mais rápido (não obedece o clock)
Mais lento (espera o pulso de clock)


Para quem ainda não sabe diferenciar, eis uma historinha que poderá ajudar:

"O ambiente será uma fazenda. Coisa bucólica que dará a inspiração para nosso estudo.
Fazenda lembra vaquinhas. Vaquinhas ficam paradas. Paradas - ESTADO! E além disso fazem 'mooooooo'. Moooooo... re!

Logo, máquinas de Moore emitem sua saída no estado.

Agora, ainda na fazenda, lembramos de outro bichinho fofo. A ovelhinha.
Ovelhinhas estão sempre saltitantes, principalmente quando as estamos contando na hora de dormir. Saltitante - TRANSIÇÃO! E além disso, dizem méeeee. Méeeee...aly!

Logo, Máquinas de Mealy emitem sua saída na transição."

fonte:http://vainalousachefe.wordpress.com/2006/12/05/maquinas-de-moore-vs-maquinas-de-mealy/

Máquina de Moore


O comportamento das máquinas de Mealy e Moore é idêntico, mas suas implementações diferem. Na máquina de Moore, a saída depende exclusivamente do estado, e a entrada só interfere no próximo estado após a transição do clock.
Na representação da máquina de Moore, nos arcos do grafo somente são representados os sinais de entrada causadores da transição de um estado para o outro, como na figura abaixo:
Nos diagramas de estados, as saídas aparecem associadas a cada estado.

Máquina de Mealy

Uma máquina de estados finitos ou Autômato Finito é uma modelagem de um comportamento, composto por estados e transiçõcos de graes. Um estado armazena informações sobre o passado, isto é, ele reflete as mudanças desde a entrada num estado, no início do sistema, até o momento presente. Uma transição indica uma mudança de estado e é descrita por uma condição que precisa ser realizada para que a transição ocorra.
Na máquina de Mealy as entradas interferem nos estados futuros e também na saída, e as saídas dependem da entrada e do estado presente. As saídas variam assincronamente, de acordo com a entrada.
Respresentação:
Nos arcos do grafo são representados os sinais de entrada causadores de trasição de um estado para o outro, com os respectivos valores para a saída.

Demultiplex

Um demultiplexador ou DEMUX tem o seu funcionamento da forma inversa ao do multiplexador, ou seja, possui uma entrada que é transmitida apenas para uma das várias saídas.O DEMUX possui entradas para seleção da saída, essas entradas combinadas entre si, geram um endereço que indica a saída que deve conter o nível lógico atribuído à entrada, salvo que o DEMUX pode ou não possuir mais de uma entrada, sendo que no caso de possuir mais de uma entrada, as saídas devem "pertencer" a entrada correspondente.
A figura abaixo mostra o esquema lógico:
As entradas de seleção servem para fazer o endereçamento do canal a ser enviada a "mensagem", do canal de saída, sendo que esse canal deve ser endereçado no sistema de numeração binário.
Mais informações: demultiplexadores.blogspot.com

Multiplex



Na Eletrônica Digital ocorrem casos em que há necessidade do envio de informações de várias fontes através de um único meio de transmissão. Por exemplo, cabo, canal de rádio, etc.
O processo básico para essa transmissão é a comutação, por meios digitais, entre as várias entradas de sinais e uma saída comum. Multiplex é o circuito que executa a operação.
A figura abaixo mostra o esquema lógico:
No multiplexador, o número de entradas ( E ) está relacionado com o número de variáveis de seleção ( A ), ou seja:

n = 2m
Onde:
         n - número de canais de entrada ( E );
         m - número de variáveis de seleção ( A ). 

mais informações: multiplexadores.blogspot.com